Vou atender alguns pedidos e descreverei neste post como foi o show do Deep Purple em que eu fui, mas mais que isso, vou descrever aqui o que é a experiência Deep Purple, que é algo que a banda consegue passar não só para mim, mas para qualquer um que os veja tocar.
Aviso muito importante: Prepare-se para um post extremamente longo, pois detalharei tudo. Mas se quiser ver apenas os vídeos, é uma opção, porém os vídeos não lhe proporcionarão a "magia" do que foi o show ao vivo, portanto ao ler o texto compreendera tudo perfeitamente. Também lendo o texto você conseguirá compreender como aconteceu meu encontro com os integrantes da banda.
Primeiramente algumas informações:
O Show ocorreu dia 12 de outubro de 2011, a quarta-feira, feriado, no Teatro Positivo, às 21 horas.
Primeiramente, logo que os ingressos ficaram a venda, me apressei para garantir o meu, que de início deveria ser no anel superior do teatro, ou seja, mais distante do palco, porém, refleti melhor, como eu já usaria minha carteirinha de estudante e pagaria meia-entrada, acabei pagando mais R$ 20,00 e garanti meu lugar no anel inferior, quinta fileira.
Desde o dia que comprei o ingresso, minha mente fantasiava com a oportunidade de não apenas ver o Deep Purple de perto, mas poder conhece-los e conversar com eles. Meu fanatismo pela banda e pela esperança de o sonho tornar-se realidade elevou-se a um nível tão alto que pesquisei a planta do Teatro para conhecer onde ficava os camarins e todo o mais, porém, a única planta disponível era da platéia, com a numeração das poltronas, nem sinal de camarim e afins, os motivos de segurança são mais do que óbvios.
Porém, um bandido poderia ser parado por essa falta de informações, um assassino também, inclusive uma imprensa sedenta pelo artistas poderia ser parada, mas não um fã, pelo menos não um fã de verdade. Comecei a ver fotos do teatro, e via as portas e entradas aparentes nas fotos, seguia as paredes, e desenhei minha própria planta, que acabou sendo muito mais completa do que a já disponível, isso aconteceu porque achei algumas fotos chaves, como a do palco e a de dentro do camarim do Teatro.
Logo eu tinha em mente toda a planta do local, sabia todas as saídas, os locais por onde eu poderia passar, e por onde seria mais rápido ou discreto.
Obviamente, todas essas informações além de preciosas, não seriam o suficiente para encontrar a banda, era necessário saber como funcionaria o sistema de segurança no dia, como trabalhariam as equipes e a função de cada uma delas.
Um dia antes do show, eu estava passando pelo Teatro e já estava havendo alguma preparação para o evento. Vejo dois funcionários, seguranças, conversando.
- Então vai ser amanhã os rock?
O outro apenas confirmou, por ironia do destino, este outro, já era um conhecido meu, alguns meses atrás ele trabalhou como segurança do bloco onde eu estudava na faculdade. Não havia dúvidas do que eu faria, eu e meu amigo que também estava presente na ocasião, perguntamos quem iria trabalhar e tudo o mais que interessava.
Cinco equipes estariam no local, a segurança do Teatro, que ficaria apenas vigiando, para dar apoio e para preservar o Teatro; os seguranças da Prime, empresa que promoveu o show, porém estes estariam apenas para dar apoio, pois não tinham autorização de chegar perto da banda, nem em caso de atentado terrorista; os seguranças pessoais da banda, esses sim seriam os guarda-costas, ficariam ao lado do palco, escondidos em pontos estratégicos e escoltando os artistas; mais duas equipes contratadas que ficariam apenas do lado de fora para dar apoio em caso de tumultuo.
Eu já tinha tudo que precisava, por mais que no dia eu não tenha usado muita coisa do que descobri.
Chegou o dia do tão esperado show, aquele que faria eu ter um dos melhores feriados da minha vida.
O Teatro Positivo estava tudo nos conformes, da maneira que deveria funcionar, diferente de um galpão de festas, não possuía ninguém vendendo cerveja ou qualquer coisa do gênero em frente ao local, alguns podem dizer que isto não é legal, porém, eu descordo, afinal, não seria nada legal pessoas gorfando nos tapetes do Teatro.
Assim que as portas se abriram, eu fui um dos primeiros a entrar, e logo procurei por minha poltrona, já que eram numeradas. Sentei-me e fiquei ansioso esperando pelo show. Meu amigo que também foi ao show encontrava-se 4 poltronas a direita da minha, na quarta fileira. Um casal de namorados, sentaram-se ao meu lado, porém logo chegou um rapaz dizendo-se dono de um dos lugares e mostrando seu ingresso, comprovando que realmente era. a garota foi obrigada a sair e dirigir-se para seu lugar que por coincidência era ao lado de onde meu amigo estava sentado. Então a negociação veio, trocamos nossos lugares, ela ficou ao lado de seu namorado e eu fiquei em um lugar mais privilegiado.
Antes de falar sobre o show, vamos apresentar a banda.
Ian Gillan |
Steve Morse |
Roger Glover |
Ian Paice |
Don Airey |
- Highway Star
- Hard Lovin' Man
- Maybe I'm A Leo
- Strange Kind Of Woman
- Rapture Of The Deep
- Mary Long
- Solo de Guitarra - Contact Lost
- When A Blind Man Cries
- The Well Dressed Guitar
- Knocking At Your Back Door
- Lazy
- No One Came
- Solo de Teclado
- Perfect Strangers
- Space Truckin'
- Smoke On The Water
Encore:
- Hush
- Solo de Baixo
- Black Night
Logo as luzes se apagaram, um som demoníaco saia das caixas de som, notoriamente era o teclado, as luzes foram iluminando vagarosamente o palco e a banda já estava lá, faltando apenas o vocalista, começaram a tocar Highway Star, Ian Gillan entrou exatamente na hora em que sua voz foi requisitada, e o show começou, de acordo ele cantava ia de um lado a outro do palco, como se estivesse se apresentando para todos, sem esquecer de ninguém. Tal fato demonstrou uma grande presença de palco por parte do vocalista, ele começou a música voltado para a frente, o que fez acreditar que quem comprou um ingresso naqueles lugares, teriam um show melhor, porém não, Ian Gillan lançou-se, metaforicamente, pela platéia, sua presença alcançou todos os cantos do Teatro. Outro grande elogio que tenho para a banda é de que, mesmo depois de tantos anos após a gravação do disco, eles não enferrujaram, como certos Roses por ai a fora, chegava a parecer um disco deles, mas não era, claramente era tudo ao vivo.
O show prosseguiu, de forma esplendorosa, Roger Glover e Steve Morse não se movimentavam muito pelo palco, devido aos obstáculos, afinal, pedais e tudo o mais o deixa parado, porém, isso não tornava-os estátuas no palco, pois haviam uma grande interação, Roger Glover que estava a minha frente o show inteiro, parecia não olhar para o baixo, eu jurava a todo momento que ele estava olhando para mim, assim como Steve Morse, do outro lado do palco, porém eu não fui o único que tive essa impressão, todos com quem conversei, que estavam cada um em um ponto diferente da platéia juravam que as músicas estavam sendo redirecionadas para elas.
A música Maybe I'm A Leo foi especial, mágica, o show se tornava mais grandioso a cada momento, o som da guitarra era perfeito aos ouvidos, o baixo não parecia mudo, o teclado se destacava incrivelmente, a bateria era fantástica, e Ian Gillan, mesmo sendo o mais velho da banda, parecia ter seus 20 anos de idade.
Strange Kind Of Woman foi outra música incrível, que levantava a platéia, que alias, uma platéia que deveria permanecer sentada em suas poltronas, porém passou o show inteiro em pé, cantando as músicas junto da banda, com certeza la se encontravam apenas devotos da banda, uma platéia digna para uma banda tão colossal.
Então tocaram a música Rapture Of The Deep, Ian Gillan mostrou traços Glam Metal, com uma coreografia que para os olhos dos desentendidos poderia soar como "viadice", opiniões a parte, a forma como aquilo foi feito foi impressionante, acompanhou a música, seguiu seu ritmo, respeito sua referência e conceito, mesmo tendo chocado alguns, Ian Gillan com sua dança que em muito lembrou alguma dança árabe, acabou por dar o ar da graça ao show, "viadice" ou não, a atitude foi genial e tornou o show ainda mais... sem palavras.
Foi tocada então a música Mary Long, uma música que já escrevi sobre e você pode saber mais sobre ela Clicando Aqui. No show ela não foi menos genial, apesar de ser uma das menos conhecidas pelo público.
Chegou a hora do show que muitos esperavam, o solo de guitarra, luzes se apagaram, raios brancos iluminavam Steve Morse, q tornou-se ainda mais branco, parecia um deus de luz fazendo sua guitarra expelir as mais belas notas. Com certeza, uma das partes mais belas do show, todos se calaram e permaneceram estáticos, sem piscar vendo Steve Morse travar uma batalha, e a música surgindo, sem sombra de dúvidas, épico, épico a ponto de lágrimas escorrerem de meus olhos.
O solo fazia parte da música Contact Lost, do álbum Bananas, e casou-se perfeitamente com a música que viria em seguida, When A Blind Man Cries, uma das músicas mais belas da banda.
O show prosseguiu, sua grandiosidade não diminuía em momento algum, porém quando chegou a hora da música Lazy, a platéia foi a delírio, afinal, Lazy é uma das músicas mais perfeitas já criadas, consegue passar exatamente o que seu nome diz, preguiça, tanto que não existe música tão boa quanto Lazy para relaxar. Porém esta preguiça causada pela música, não foi ruim, não fez o público dormir, mas sim ficar ainda mais ativo para o show, teve suas energias recuperadas, algo inexplicável que somente que estava no local sentiu. Inclusive, a forma que Ian Gillan casou a gaita de boca a música, foi impressionante, levando todos a loucura.
Então veio o solo de teclado, onde Don Airey mostrou-se um tecladista digno para aquela banda, fez referencias a sua antiga banda, Rainbow. Passou por músicas famosas, músicas clássicas, até por Mr. Crowley, em uma jogada de pura genialidade e conhecimento sobre o nosso país, foi tocada inclusive a música Tico-Tico No Fubá.
Perfect Strangers, sem palavras, outra música fantástica da banda, música que fez com que todos ficassem ainda mais animados do que já estavam e catassem a música com todas as forças.
Chegou a vez de tocarem Space Truckin', e essa foi uma música que me fez delirar, não só eu, mas como todos ali presentes, aquele "Come On" da música fazia todos batarem com seus braços fortemente no ar, muitos shows de metal pesado ficariam com inveja daquela cena. Deep Purple soube como ninguém fazer uma platéia se agitar naquele momento, provando o que já haviam dito anteriormente em uma entrevista, a parte mais importante da música está em toca-la ao vivo e fazer as pessoas se animarem com ela, discos que são feitos para serem escutados apenas na versão de estúdio mas não funcionam ao vivo, não merecem tanto respeito assim.
Chegou então o momento do fim do show, a última música, aquela que sempre esteve presente em todos os shows do Deep Purple após ser lançada, sem exceção, Smoke On The Water. Não preciso nem falar como a música foi épica, se ela teve um defeito, o defeito foi de que o show acabou com ela. Mas uma das partes mais marcantes da música, foi no final, quando Ian cantou "With a few red lights and a few old beds", toda a iluminação do local ficou vermelha, algo meio bobo, mas para quem viu ao vivo, foi fantástico.
Então a banda começou a jogar as palhetas e baquetas para a platéia, por pouco que sangue não rolou naquela hora, nesta hora, uma das palhetas de Roger Glover voou perto de onde eu estava, porém, a uns 3 metros a direita e mais 1 metro acima da minha altura, mas o fanatismo pela banda falou mais alto, me joguei de tal forma que cheguei a "voar" por alguns segundos, não consegui pegar a palheta, mas senti ela bater na ponta do meu dedo médio e ser rebatida para o outro lado, nessa hora se eu fosse um centímetro mais alto, teria a pegado, o pulo foi tão grande, que meu amigo que estava do outro lado do Teatro me contou depois que conseguiu me ver subir e me destacar no meio da platéia, e todos perceberam isso.
A banda se despediu e saiu do palco, porém a platéia queria mais e começou em um coro gritar "Deep Purple". A banda voltou, todos correram para a frente do palco, as regras foram quebradas, os lugares marcados não mais existiam e todos estavam encostados no palco, as pessoas só não subiam em cima junto da banda por respeito, pois nada as impedia, nem mesmo os seguranças, já que em determinada hora uma garota subiu e abraçou Ian Gillan, quando o segurança chegou para tira-la dali, o vocalista empurrou o segurança para longe e pediu para deixar.
Então o Encore, ou Bis, como preferirem chamar, começou, a música Hush, que a platéia cantou junto de forma a usar toda a sua força, quase fazendo mais barulho que o poderoso som da banda que já foi considerado o mais alto do mundo.
O solo de baixo foi incrível, para mim especialmente que estava encostado no palco exatamente ao lado de Roger Glover e o via de forma magistral tocando aquele baixo quase em cima de mim.
Para fechar o show, a música Black Night, também, fazendo todos usarem suas ultimas forças para canta-la.
No fim do show uma confusão se formou, no momento que os artistas se despediram e se direcionaram para fora do palco, praticamente todas as pessoas que encontravam-se na platéia subiram no palco e foram pedir autógrafo para Ian Gillan e companhia, não houve segurança que aguentasse, alguns fãs, ou melhor dizendo, um fã apenas, foi pego de exemplo e acabou apanhando, o que fez todo mundo se afastar. Eu não entrei nesta confusão, pois não conseguiria a atenção da banda que eu queria, e também, eu já tinha meu plano traçado.
Sai o mais rápido possível do Teatro, pois um dos planos de acessar o camarim por dentro estava condenado graças a confusão, eu deveria acessar por fora, mas deveria ser rápido, pois a banda faria um show na Argentina no dia seguinte e estava indo para o aeroporto, então corremos para o fundo do Teatro, pois eu tinha certeza que eles sairiam por lá, pois existiam apenas quatro saídas do teatro, a primeira era para o público, portanto ele não utilizariam, a segunda abria atrás do palco, era utilizada para carregar equipamentos de som por exemplo, apenas o pessoal responsável por essa parte usaria esta saída, restava as duas saídas de emergência, uma delas direcionava-se para o estacionamento do público e a outra para o estacionamento de cadeirantes e idosos, que era bem pequeno, e possuía um lago e um mato ao lado, portanto era extremamente discreta.
A porta estava entre aberta, e dava para uma passagem onde cabia apenas um carro, o que fazia entender que o carro estacionaria ali e eles entrariam correndo dentro e sairiam do local sem ninguém perceber. Tinha apenas dois seguranças na saída, assim como em todas as outras, não tinha como entrarmos la dentro, porém eu podia ficar esperando do lado de fora e tentar a sorte antes de eles entrarem no carro, alias, ninguém poderia expulsar eu e meu amigo do local, pois era público.
Fomos saber então, por fontes confiáveis que Ian Gillan foi rápido e já tinha ido embora.
Logo um segurança falou para mim e para meu amigo:
- O que vocês estão fazendo ai? A banda já foi embora, nem adianta ficar esperando, até a gente já ta indo.
Mas nós continuamos ali, pois sabíamos que só o vocalista tinha realmente ido embora. Os seguranças fecharam a porta, apagaram a luz e saíram dali conversando, realmente foram embora, mas nós sabíamos que era blefe, passou cinco minutos e começou a aparecer uma infinidade de seguranças no local, as luzes novamente se acenderam, e mais fortes ainda, para nada escapar aos olhos, todos olhavam feio para nós, sabiam que a gente sabia de mais.
Logo um segurança veio e falou algumas palavras em inglês conosco, meu amigo realmente não sabe falar em inglês, porem mesmo eu sabendo falar, me fiz de desentendido.
O segurança pegou seu rádio e começou a se comunicar com os outros, passando todas as instruções de como seria a retirada da banda, porém em inglês, eu fiquei apenas escutando, bolando uma forma de como burlar tal defesa.
Eles trariam três vãs para o local, a primeira entraria de ré, com suas portas dos fundos abertas e encostaria na porta de saída, para os membros da banda entrarem ali dentro direto, outras duas formariam uma barreira protetora em volta da primeira, para impedir que qualquer veiculo ou pessoa se aproximassem, junto de uma barreira de seguranças.
Logo chegaram as três vãs e fizeram, mas não entraram em formação para não revelar o plano, só fariam o combinado na hora certa, para não nos restar tempo de reação, mais 3 fãs da banda também chegaram e foram no nosso embalo, com esperança de encontrar o Deep Purple.
Rapidamente subi no jardim que tinha ao lado da saída, ficando assim, em uma altura maior que a das vãs e em um lugar que barreira alguma de vãs me atrapalharia, e os seguranças seriam impedidos de me retirar dali, meu amigo e mais um dos fãs que tinha acabado de chegar, me acompanharam.
Os seguranças começaram a olhar feio, eu sabia que tinha acabado com a estratégia deles, mas não deu tempo para fazer nada, pois a banda já vinha, as vãs precisaram correr para suas posições, para impedir que mais algum engraçadinho aprontasse.
Ian Paice, o baterista saiu meio escondido, mas quando estava entrando na vã, percebemos e começamos a gritar por seu nome,mas ele já estava la dentro e não saiu.
Steve Morse, o guitarrista saiu do Teatro e foi em direção a vã, gritamos o seu nome e fomos em sua direção, fomos barrados pelo segurança. Steve Morse abriu um sorriso, e fez sinal para esperarmos, entrou na vã, pegou uma caneta, puxou Paice para fora do veiculo e veio ao nosso encontro, pedindo para os seguranças se afastarem, tudo isso com um simpático sorriso no rosto.
Logo ele falou que só poderia dar um autógrafo, nada mais, e a empresária mandava abaixar as câmeras.
Morse pegou minha camisa e autografou, na hora fiquei mudo, não escutava nada também, apenas a vos do guitarrista dizendo que sua assinatura tinha saído um pouco torta.
Porém fiquei tão emocionado que esqueci de pedir o autógrafo de Ian Paice, mesmo ele estando com uma caneta em mãos.
Morse chegou a comentar com Ian Paice que lembrava de mim e de meu amigo no show, falando que eu tinha um verdadeiro espírito e meu amigo estava tomado por um espírito, um espírito selvagem. Tanto que a partir desse dia este meu amigo ganhou o apelido de Wild Spirit, "batizado" por ninguém menos que Steve Morse, ex-guitarrista do Kansas e atual guitarrista do Deep Purple.
Ian Paice também comentou que se lembrava de mim muito bem, devido ao pulo que dei para pegar a palheta de Roger Glover, me considerando um ótimo goleiro.
Meu amigo voltou a pegar a câmera, abraçou o guitarrista que estava se mostrando extremamente simpático e disposto a dar atenção. A empresária voltou a repetir que era proibido fotos, virou-se para Steve e falou que não era para ele nem se atrever a tirar uma foto.
Nesse momento aconteceu uma das cenas mais épicas da noite, ele olhou para ela e disse:
- But I want!
Abraçou a todos e tirou a foto, a foto que você vê abaixo:
Inclusive esta foto possui uma história interessante, Steve Morse falou que fez este sinal comas mãos para tirar a foto, pois antes de vir se apresentar no Brasil, fez uma pesquisa para descobrir o que significava Teatro Positivo, Morse com toda a certeza não é uma pessoa ignorante, como já mostrou em outras entrevistas, quando disse que gostava da politica brasileira de adotar etanol como fonte de combustível automotivo, uma visão diferente do "Samba, Carnaval, Futebol e Putaria" que normalmente estrangeiros tem.
Então Ian Paice se soltou, deu sorrisos também, acabou ficando mais simpático, se prontificou a tirar fotos conosco, inclusive soltou uma das frases engraçadas da noite, quando a garota que estava tirando as fotos demorou um pouco para bater ele disse:
Então Ian Paice se soltou, deu sorrisos também, acabou ficando mais simpático, se prontificou a tirar fotos conosco, inclusive soltou uma das frases engraçadas da noite, quando a garota que estava tirando as fotos demorou um pouco para bater ele disse:
- Too slow! Too slow! You will lose!
(Muito lento! Muito lento! Você vai perder!)
Porém a frase foi dita em tom de ironia, tornando-a extremamente cômica. A foto abaixo é a que me refiro:
Após algum papinho eles foram embora, e a emoção do momento me fez perder a cabeça, assim como todos que estavam ali, todos esqueceram que Roger Glover e Don Airey ainda não tinham saído, e foram emboras contentes com a situação, mas afinal, o dia já estava quase amanhecendo.
Como diria na clássica música Smoke On The Water:
No matter what we get out of this
I know we'll never forget
"Não importa o que ganharmos com isso
Eu sei que nunca esqueceremos"
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