Como prometido, hoje postaria um novo capítulo desta nem tão eletrizante história.
Mas antes, respondendo algumas perguntas que me fizeram:
De onde você tira tanta imaginação?
Da cabeça bem provavelmente, você deveria seguir o exemplo.
De onde você tira tanta imaginação?
Da cabeça bem provavelmente, você deveria seguir o exemplo.
No que você se inspira?
Como na pergunta anterior, a resposta é a mesma, na minha cabeça.
Você já escreveu um livro antes?
Sim, já escrevi 2, quando estava na 6ª e na 7ª séries, era o trabalho bimestral. O primeiro tinha 20 páginas e não lembro sobre o que era. O segundo tinha por volta de 50 páginas e se não me falha a memória era algumas aventuras do Hércules.
Você já tem uma ideia do que vai acontecer em Arte de Sangue?
Só sei como vai acabar, mas é bem provável que nem acabe.
Já pensou em ser escritor?
Sinceramente meu caro amigo, se você acha que escrevo divinamente bem a ponto de virar escritor, se interne.
Capítulo 04
A Resposta Na Espada
Havia se passado apenas um dia desde a morte de Lourenço de Médici, porém toda a cidade já sabia da notícia, porém ninguém sabia quem foi o culpado, o que era a minha sorte, ter conseguido esconder o rosto da família do falecido.
Devido o fato de o assassino ser desconhecido, qualquer bandido que fosse conhecido pela cidade, era apedrejado, até o mais temido dos mal feitores precisou recolher-se em seu esconderijo, pois nem sua casa havia sido poupada pela ira da população. Florença estava entrando em um período de paz, devido as ações da própria população, porém esta era uma atitude perigosa, o momento que houvesse reação, sangue inocente derramaria.
A única pessoa que tinha alguma pista sobre quem era o assassino de Lourenço era eu, que ainda mantinha a espada que o matou guardada.
Minha consciência seguia perturbada devido a morte de Lourenço, eu já havia matado várias outras pessoas antes, porém todos eram assassinos, ladrões ou estupradores, além do mais, sempre eu havia realizado meu trabalho, nunca falhei com meus senhores. Eu não havia sido contratado pelo patriarca Médici, porém eu estava lá para protege-lo e tentar ganhar o serviço, mas falhei, isto era algo inaceitável em minha cabeça. Só havia um modo de eu me perdoar, caçando o assassino e leva-lo para o povo.
Enrolei a espada em vários panos, para poder esconde-la e evitar que alguém descobrisse algo, sai de casa e atravessei Florença para ir até a casa de um velho amigo ferreiro. Ao chegar em frente a sua casa o encontrei sentado em uma cadeira na frente de seu lar, estatura mediana, braços fortes devido ao trabalho como ferreiro, careca, com cabelos apenas ao redor da cabeça, que ainda continuava negros, expressão séria.
- Luigi! Meu velho, como andas? - falei ao vê-lo.
- Com as pernas. - respondeu ironicamente. - Vejo que também faz o mesmo, suas pernas estão fortes. - levantou da cadeira enquanto falava, veio em minha direção e abraçou-me.
- Bom ver que ainda continua o mesmo.
- Se não estou enganado, você veio aqui para me pedir dinheiro emprestado. - ele falou.
- Nunca lhe pedi dinheiro emprestado.
- Porém para tudo existe uma primeira vez. - novamente falou ironicamente com um sorriso no rosto.
- Mas de qualquer forma, vim para pedir-lhe um favor. - falei enquanto lhe mostrava o embrulho de panos.
- Mas é claro, a única coisa que move o mundo hoje, interesses. - pegou o embrulho de minhas mãos. - Mas antes entre em minha casa, não vou fazer-lhe favor nenhum se não entrar e beber alguma coisa com seu velho amigo.
Entramos em sua casa, que era tão simples quanto a minha, sentei-me a mesa enquanto ele foi buscar uma garrafa de vinho para beber. Logo ele havia voltado com uma garrafa e dois copos de peltre, os encheu com o vinho, entregou-me um deles e sentou-se.
- Então, o que veio pedir para mim se não é dinheiro?
- É sobre um assunto que deve ser mantido em segredo. - respondi
- Pelo que lhe conheço, você deve saber algo sobre o assassinato do mais poderoso e chato homem da cidade.
- Sim, eu vi o matarem, mas cheguei tarde demais para salva-lo. O assassinou escapou, porém deixou a espada, que eu trouxe-lhe para ver se pode me dizer alguma coisa.
Luigi abriu rapidamente o embrulho e pegou a espada.
- Ainda está com manchas de sangue. - disse o ferreiro. - Sangue burguês, acho que esse deve ser o sonho de qualquer espada.
- Tem algo nela que possa me revelar quem é o assassino? - perguntei.
- Mas você não disse que havia visto o assassino matar Lourenço?
- Mas não pude reparar em seu rosto.
- Bom, não existem grandes evidências nesta arma pelo que vejo. - respondeu ele enquanto a analisava. - Porém, este cabo com tecidos amarrados revela algumas coisas. Normalmente as pessoas colocam tecidos nos cabos para deixa-los mais macios e não castigar tanto a mão em uma batalha. Da forma como este está amassado percebe-se que seu dono possuía algumas manias, como sempre segurar o lado mais afiado da espada para fora, o que também indica que ele era canhoto, devido ao lado de fora estar muito mais achatado.
- Já é alguma ajuda, porém existem muitas pessoas em Florença que são canhotas, e a grande maioria ainda esconde este detalhe.
- Calma, ainda existem mais coisas nessa espada. - disse ele. - Repare na ponta da arma, está amassada e torta, porém não ficou assim devido a algum duelo, ela já foi feita assim, feita pelas mãos de algum ferreiro incompetente, diferente de mim.
- Está se promovendo? - falei rindo.
- Também. - Luigi respondeu com um sorriso. - Porém tal espada não é tão eficaz, alguém só a usaria por dois motivos, ou a própria pessoa a fez ou é algum tesouro familiar.
- Tesouro familiar posso apostar que não é, pois o assassino não haveria a abandonado tão facilmente, e também ele a buscaria de novo. - argumentei.
- Você está certo. - admitiu Luigi. - Com toda a certeza o assassino é um ferreiro amador, que para economizar em suas armas, ele mesmo as faz.
- Um ferreiro amador e canhoto, creio que não existem muitos desses espalhados por Florença. - falei com alegria.
- Posso lhe afirmar também que esta espada não é nova, tenho certeza que já tem alguns anos, e sua lâmina não tem cicatrizes de batalha, isso significa que nunca entrou em confronto direto com outra espada, mata apenas sorrateiramente ou pessoas desprotegidas.
- Isso significa que estou lidando provavelmente com um assassino de aluguel ou então algum covarde e fraco.
- Você está certo, e para seu bem, é melhor que seja um assassino covarde e fraco, assassinos de aluguel são muito perigosos e sem nenhuma honra. - alertou Luigi.
- Não preciso mais dessa espada Luigi, e ela só me trará problemas caso alguém me ver com ela, pode pega-la e derrete-la.
- Sempre quis que alguma arma minha fizesse parte de momento tão importante da história, então sentirei prazer em destrui-la, pois se minhas armas não fazem isso, nenhuma outra tem este direito. - mais uma vez falou ironicamente.
Nos despedimos e voltei para minha casa.
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