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3 de setembro de 2011

Arte de Sangue - Capítulo 05

Hoje postarei o quinto capítulo, um capítulo relativamente curto se comparado aos outros.

Recapitulando: Antonello foi conversar com seu amigo Luigi, um ferreiro, para saber se existia alguma coisa na espada que lhe desse pistas sobre o assassino de Lourenço. Descobriu que o assassino era um ferreiro amador e canhoto.



Capítulo 05
Justiça

   Em casa sento-me em uma das cadeiras que estava na cozinha e começo a analisar a situação para tentar descobrir mais alguma pista. Começo a pensar alto e falar sozinho.

   - Lourenço queria acabar com a criminalidade aqui em Florença, para isso estava fazendo negócios com um sultão. Esse fato faz com que dois tipos de suspeitos apareçam. Algum criminoso tentando evitar que o negócio se concretizasse, ou então alguém da Igreja, o Papa jamais permitiria que Lourenço fechasse negócios com alguém de fora da Igreja, principalmente com um sultão. Iniciar uma jornada fazendo perguntas para bandidos sobre Lourenço seria algo muito difícil, porém eu posso falar com pessoas da Igreja sobre o assunto, assim eu elimino pelo menos uma das possibilidades.

   Levantei-me coloquei uma roupa mais quente pois já estava tarde, o sol estava prestes a se esconder. Sai de casa mais uma vez, fui em busca de respostas, o Papa estava na cidade, seria relativamente difícil falar com ele, porém eu precisava tentar.

   Sai de casa e fui até a Capela Sistina, onde provavelmente encontraria o Papa, caso a Igreja estivesse envolvida na morte de Lourenço, o Papa deixaria escapar alguma informação. A missa já havia acabado e o Papa Inocêncio VIII estava montando em seu cavalo e retirando-se do local junto de seus guardas e cardeais. Todos ao redor ajoelhavam-se em sinal de respeito quando ele passava.

   - Sua Santidade! - exclamei em voz alto enquanto me ajoelhava em frente ao seu cavalo evitando que prosseguisse. - Preciso conversar com você, é urgente, sobre a morte de Lourenço.

    Os guardas todos pularam em cima de mim e me seguraram, tentei me bater e me soltar, porém quanto mais força fazia, mais homens apareciam e me seguravam firme. O Papa Inocêncio VIII desceu de seu cavalo, veio em minha direção.

   - Até lhe ouviria caro rapaz, admiro sua ousadia e coragem ao entrar na frente de meu cavalo, porém não admito sua heresia quando me chamou por "você", eu sou o Papa.

   - Eu só queria falar...

   Então fui interrompido por um soco em minha boca que partiu das mãos de um guarda. Percebi que havia sido pouco inteligente ao revelar o assunto, estava claro que os responsáveis pela morte de Lourenço faziam parte da Igreja e eu fui infeliz ao revelar minha conversa.

   - Aqui em Florença criminosos devem ser punidos, principalmente aqueles que são assassinos. - disse um dos guardas.

   Logo várias pessoas foram aproximando-se para ver o que estava acontecendo, olhei ao redor e não podia mais ver a cidade, meus olhos avistavam apenas várias pessoas ao meu redor, o local estava lotado e o Papa começou o seu discurso.

   - Eis aqui cidadãos de Florença um criminoso! Pior do que apenas um criminoso, um assassino herege. - vaias tomaram conta do local. - Eis o homem que matou Lourenço e acabou com um dos principais nomes de nossa cidade, que acabou com as artes. Não sou Deus para julga-lo, porém sou seu representante na Terra, como homem que sou, vou julga-lo perante a justiça humana. - As vaias pararam por algum momento enquanto começavam os aplausos. - Levem-no para a prisão. - concluiu o Papa.

    A última coisa que senti foi um forte pancada antes de desmaiar, a partir de então não recordo de mais nada.

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